Canhoto ou destro: pesquisa indica que a influência das experiências ao longo da vida pode ser maior do que se imaginava
Ser destro ou canhoto pode ser apenas uma questão de prática, não sendo a genética tão determinante assim na definição de qual mão utilizamos para escrever ou que pé usamos para chutar uma bola, por exemplo. A afirmação pode parecer estranha, mas é o que sugerem trabalhos realizados pelo Laboratório de Sistemas Motores Humanos da Escola de Educação Física e Esportes da Universidade de São Paulo (EEFE/USP), que deram origem à pesquisa Lateralidade e comportamento motor. Os resultados do estudo demonstram que essa preferência é provocada pelo processo do desenvolvimento motor. “Nossa suposição é que as experiências motoras com cada uma das mãos têm importância muito maior no desenvolvimento da lateralidade do que se imagina”, alega Luis Augusto Teixeira, coordenador da pesquisa.
De forma geral, acredita-se que a lateralidade de uma pessoa seja provocada pelos genes. Por esse ponto de vista, um dos hemisférios cerebrais seria mais apto a controlar os movimentos voluntários e, em função dessa predisposição inata, a pessoa se tornaria destra ou canhota. No entanto, Teixeira observou que tanto a preferência pelo uso de uma das mãos quanto o desempenho motor relativo entre as mãos direita e esquerda podem ser facilmente modificados por experiências práticas. Isso tem implicações diretas na formação da lateralidade nos primeiros anos de vida, quando se estabelece a preferência. “O simples fato de a mãe colocar uma colher ou brinquedo sempre em uma das mãos de seu bebê poderia influir na formação de sua lateralidade”, pontua.
Os estudos têm mostrado que, para a grande maioria das ações motoras, a capacidade de aprendizagem é equivalente entre os lados direito e esquerdo do corpo. Por isso, uma vez que alguém se empenhe em praticar alguma atividade usando o lado não dominante pode, após algum tempo, desempenhar as ações praticadas alcançando a mesma eficiência com ambas as mãos.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores pediram a voluntários que fizessem exercícios que consistiam em realizar uma sequência de toques entre os dedos. Um grupo de pessoas fez o exercício com a mão preferida e o outro, com a mão não preferida. “Aqueles que começavam com a mão não dominante achavam que não conseguiriam realizar as tarefas”, conta Teixeira. Porém, a taxa de sucesso entre os dois grupos foi similar. A medição feita no final dos testes mostrou que o desempenho de ambos os grupos dependia muito mais da mão com que praticaram o exercício do que do fato de terem usado a mão preferida ou não.
Outro fator observado foi que uma certa prática leva aos mesmos resultados com os lados dominante e não dominante. Isso significa que, se uma ação é praticada com a mão não preferida, depois de pouco tempo o desempenho se torna melhor com esta mão do que com a mão dominante. “Assim, fica evidente que a plasticidade neural é capaz de, rapidamente, levar a uma vantagem de desempenho com a mão usada durante a prática”, analisa Teixeira. Não existe uma forma especial de prática com o lado não preferido em comparação ao praticado com o lado preferido. É preciso haver uma quantidade mínima de repetições com o propósito de melhorar o desempenho.
Circuitos
No domínio motor, porém, são poucas as ações em que há uma vantagem consistente de desempenho com um dos lados do corpo desde fases iniciais do desenvolvimento. Algo que os cientistas já sabem é que experiências com uma das mãos levam a modificações nos circuitos cerebrais. “Uma parte importante dessas modificações é específica ao hemisfério cerebral contralateral à mão utilizada. Assim, a especialização hemisférica é algo dinâmico, que se altera com as experiências do dia a dia”, explica o coordenador da pesquisa.
É aí que Teixeira sugere que a escolha do lado dominante do corpo pode ser feita por conta de acontecimentos na vida do indivíduo, ou mesmo por influência dos pais. “A criança se espelha nos pais. Se eles são destros oferecem tudo ao bebê com a mão direita. Com isso, a criança acaba tendendo a ser destra também.” Segundo o coordenador, a preferência manual é bastante variável até os 2 anos de idade, sendo bastante suscetível de ser afetada por fatores ambientais.
Então, como explicar os ambidestros? Alex Ribeiro Garcia, 29 anos, jogador do Universo e da Seleção Brasileira de Basquete, é um desses casos raros. Ele chuta com o pé esquerdo e arremessa com a mão esquerda, mas controla melhor a bola com a direita, a preferida também na hora de escrever. “Minha precisão é com a esquerda, mas sou mais confiante com meu lado direito”, diz o jogador, que se considera canhoto.
Para a ciência, no entanto, ele tem o que se chama lateralidade cruzada. “Por algum motivo, ele desenvolveu essa preferência cruzada. O que demonstra que elementos como prática ou algum acontecimento durante a vida tenha definido a ambidestralidade, mesmo que cruzada”, explica Luis Augusto Teixeira. Alex puxa pela memória, mas não sabe dizer o que pode ter definido suas escolhas. “Sou assim desde criança. Mas confesso que o esporte me ajudou a desenvolver essas habilidades que chamam de cruzadas.” Os estudos podem servir de estímulo para atletas treinarem os dois lados do corpo, buscando melhorar sua performance. “O difícil é convencer a pessoa a se empenhar e fazer com que os lados fiquem equiparados”, comenta Teixeira.
Domínio do cérebro
A lateralidade é a capacidade de controlar os dois lados do corpo juntos ou separadamente. Quem comanda essa atividade é o cérebro. Cada um de seus dois lados controla os movimentos da parte oposta do corpo. Assim, a mão e o pé esquerdos, por exemplo, são acionados pelo hemisfério cerebral direito, e vice-versa
A prática
O estudo traz resultados de vários trabalhos e elabora a tese de que a preferência pelo lado direito ou esquerdo não seria um fator genético pré-determinado, mas algo esculpido pelo processo de desenvolvimento motor. Portanto, os dois lados do corpo têm o mesmo potencial nesse desenvolvimento.
Os testes
Uma sequência de toque entre os dedos (movimento de pinça) foi proposta a voluntários. Um grupo fez o exercício com a mão preferida e um outro com a mão não preferida
Resultados
A taxa de sucesso nos dois grupos foi similar. A medição sugeriu que o desempenho dos grupos dependia muito mais da mão com que praticaram o exercício do que do fato de terem usado a mão preferida ou não. A prática foi determinante
Surpresa
Os voluntários que utilizaram a mão não preferida afirmaram que se sentiram mais confiantes fazendo o exercício com aquela mão depois de tentarem com a mão preferida
por Silvia Pacheco
Boa Tarde!
Na verdade discordo que ser canhoto ou destro seja uma questão de prática, pois sou canhota e já tentei praticar algumas coisas com mão direita,como por ex: à escrita, pode até ser que com paciência e treino vc adquira o abto de usa-la , mas, como se explica , sinto que a audição esquerda é melhor, mastigação sempre do lado esquerdo,tenho dificuldade , ou seja pensar rápido se é sapato esquerdo ou direito,meus filhos que o digam , qdo eram crianças estavam sempre de sapato errado nos pés, bom deu pra notar dificuldade de noção de direita e esquerda,usar uma tesoura é muito chato rrssrrss.. Mas,apesar de tudo inclusive de já ter ouvido que canhotos têem menos tempo de vida,até então não acredito nisso ,pois sou uma mulher aos 44 anos de idade bonita, alegre e já com 4 filhos criados,e com uma boa saúde, e apesar destes desencontros sou inteligente,criativa e otimista né…
Júlia!
Boa Tarde!
Na verdade discordo que ser canhoto ou destro seja uma questão de prática, pois sou canhota e já tentei praticar algumas coisas com mão direita,como por ex: à escrita, pode até ser que com paciência e treino vc adquira o abto de usa-la , mas, como se explica , sinto que a audição esquerda é melhor, mastigação sempre do lado esquerdo,tenho dificuldade , ou seja pensar rápido se é sapato esquerdo ou direito,meus filhos que o digam , qdo eram crianças estavam sempre de sapato errado nos pés, bom deu pra notar dificuldade de noção de direita e esquerda,usar uma tesoura é muito chato rrssrrss.. Mas,apesar de tudo inclusive de já ter ouvido que canhotos têem menos tempo de vida,até então não acredito nisso ,pois sou uma mulher aos 44 anos de idade bonita, alegre e já com 4 filhos criados,e com uma boa saúde, e apesar destes desencontros sou inteligente,criativa e otimista né…
Júlia!
E Ainda como se explica a força física do lado esquerdo?
aguardo resposta.
tbm,so destro,mas tenho muito mais força no lado esquerdo,quero entender!
tbem descorto pois minha neta que tem 1 nao e 8 meses ja nasceu canhota e nao foi na pratica e nem o pai enme a mae e canhota a nao ser que algum parente da parte do pai seja canhota e eu nao sei mas estou investigando bjs a todos
EU LI A PESQUISA SOBRE SER OU NAO CANHOTO, EU E MEU ESPOSO SOMOS CANHOTOS E TENHO DOIS FILHOS E ELES NAO SAO CANHOTOS, LI NA REPORTAGUEM QUE DEPENDE DE COMO OFERECEMOS AS COISAS AS CRIANÇAS QUANDO SÃO PEQUENOS, MEU FILHO MAIS NOVO TINHA UMA LEVE TENDENCIA A SER CANHOTO E EU SEMPRE TIRAVA AS COISAS DA MAO DELE COMO DIZ NA PESQUISA E COLOCAVA NA OUTRA MAO SO QUE EU FAZIA ISSO COM A MINHA MAO CANHOTO E NAO COM A OUTRA MAO COMO DIZ QUE SE DEVERIA FAZER ,E NA PEQUISA FALA QUE SE OFERECEMOS COM A MAO DIREITA ELES SERAM DESTRO, MAIS EU OFERECIA COM A MAOS ESQUERDA E ELE REALMENTE NAO FICOU CANHOTO, MAIS COM RELAÇAO A PESQUISA ELE TERIA QUE SER CANHOTO,PORQUE ELES DIZEM QUE EU TERIA QUE OFERECER COM A MAO DIREITA, ENTAO É UM POUCO CONFUSO O RESULTADO DESSA PESQUISA. MINHA MAE CONTA QUE QUANDO EU ERA PEQUENA ELA FEZ TANTA COISA PRA EU NAO USAR A MAO CANHOTO,E NAO RESOLVEU NADA O ESFORÇO, MINHA MAE E MEU PAI NAO SAO CANHOTO NEM MEUS 9 IRMÃOS E NEM UM PARENTE QUE EU CONHECO. A DEUS PERTECE O QUE ESTÁ OCULTO.
ANITA JOANA, achei engraçado o fato de você ser conhota e ter 9 irmãos destros porque li algures que 1 em cada 10 pessoas são canhotas.
Estou no 4º período da faculdade de pedagogia e me dispus a fazer meu TCC sobre esse assunto, por ter uma filha canhota e ter acompanhado suas dificuldades na escolinha (jardim) e depois no ensino fundamental, quando por falta de conhecimento e sensibilidade da professora alfabetizadora, minha filha sofreu muito.
Pesquisas comprovam que os canhotos vêem o mundo de modo diferente dos destros.
(http://www.emtr.com.br/noticia12.htm).
Lamentavelmente, temos um governo omisso e uma cultura acadêmica muito miserável em pesquisas sobre esse assunto, enquanto em países como Inglaterra e EUA, existem congresso e fóruns sobre este assunto, tendo como meta, entender e melhorar a vida dos canhotos dentro dos espaços escolares.
No Brasil, virou moda falar em “inclusão” dentro de escolas públicas.
Mas o que se vê, são profissionais “formados” em educação especial, que sequer sabem lidar com canhotos dentro do ambiente escolar…
Por pura negligência dos nossos doutores em educação, que não enxergam os canhotos como sendo dignos de merecerem oportunidade de aprender, em igualdade de condições com os destros.
Não concordo com essa pesquisa, citada neste tópico, pelos mesmos motivos já expostos aqui por outras pessoas: Percebi muito cedo a preferência pela mão esquerda da minha filha, antes mesmo de um ano.
Colocava seu brinquedo preferido em sua mão direita, mas ela trocava de mão para manipulá-lo… Isso ficou mais que evidente e por fim, decidi respeitar algo que a natureza lhe deu desta forma.
Não é nem um pouco complicado perceber que o mundo inteiro é pensado para os destros.
Se a palavra da moda é inclusão, porque só enxergar deficientes como prioridade?
Quem trabalha em escola pública sabe muito bem que esse papo de “inclusão” e disponibilização de professores especialistas em educação especial, é quase sempre uma enorme enganação.
Não há investimento que garanta essa inclusão de fato, e o que vemos, são relatórios e mais relatórios sendo preenchidos para alimentar dados e números estatísticos que apenas tem a função de justificar alguma verba acessória, arrancada de organismos internacionais ligados a ONU ou outros assemelhados.
São ainda muito raros os progressos verdadeiros, atingidos com pessoas com necessidades especiais.
A população pobre, só tem a opção de assistir o discurso falso dos políticos, enquanto seus filhos crescem sem poder desenvolver a contento, dentro de um processo de REAL de inclusão.
Defendo a implementação para ONTEM da adoção de 10% do PIB nacional para educação, e dentro desse contexto, ações concretas para inclusão de todo portador de necessidades especiais, com todo o aparato necessário para isso, como a ação integrada de psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e todos os demais que se fizerem necessários, com o devido investimento também em equipamentos necessários ao bom desempenho do trabalho multidisciplinar, que os portadores de necessidades especiais precisam ter.
Porém, isso tudo deve ocorrer, sem negligenciar as necessidades dos canhotos, para sua perfeita interação no espaço escolar.
Quem tiver informações sobre livros que tratem do tema Canhoto, relacionado ou não a sua interação ao ambiente escolar, solicito que me repassem essa informação, por gentileza.
Agradeço antecipadamente pelo gesto de atenção.
eu quro sert canhoto no pe
ser destro é melhor do que ser canhoto pq a vida é mais fácil pra gente
mas o ambidestro é pior do que o canho e do
destro
Eu sou canhoto mas não de nascença. Eu virei canhoto, perdi a habilidade com a direita e passei a ter com a esquerda.
Eu consigo fazer qualquer atividade com ambas mãos ou pés 😀